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Por que o quadro da Monalisa é tão famoso?

Atualizado: 11 de abr.


Ele é pequeno para o alvoroço que causa, e já ouvi muita gente decepcionada ao se deparar com o quadro de apenas 77 x 53 cm.

Pintado por Leonardo da Vinci em 1503, decididamente a Monalisa é o quadro mais famoso do mundo.

Nenhum outro quadro gera tanta controvérsia, polêmica, discussão e questionamento, alimentando a existência de várias teorias de conspiração. Há várias pessoas que acreditam que Leonardo da Vinci não queria simplesmente pintar um retrato, mas incluir mensagens secretas e pistas misteriosas. O best seller Código da Vinci é mais um, se bem que o mais bem sucedido, mas não o único a espalhar essa teoria.

E por que tanta fama?

Em primeiro lugar, o mundo prestou atenção especial na sua existência quando ele foi roubado por um funcionário do museu, em 1911. O caso ganhou repercussão imediata, que ficou ainda maior quando o pintor Pablo Picasso foi preso e interrogado como suspeito do roubo e fez várias pessoas quererem conhecê-lo quando foi encontrado.

Apesar desse acontecimento ter sido a causa inicial da sua fama, o quadro em si é uma obra de arte e merece toda a atenção que recebe. Leonardo da Vinci usou várias técnicas de pintura e de perspectiva inusitadas para a época em que foi pintado, tornando-o realmente um trabalho extraordinário.


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O famoso e intrigante sorriso que aparece e desaparece

Leonardo da Vinci utilizou amplamente no quadro uma técnica de pintura conhecida como sfumato, técnica artística usada para criar efeitos de luz e sombra num desenho ou numa pintura.

Apesar de não ter sido Leonardo da Vinci quem criou essa técnica, foi o primeiro a usá-la numa pintura e de uma maneira totalmente inovadora. Passando verniz sobre a tinta a óleo, descobriu que os dois ingredientes reagiam entre si, diminuindo as marcas das pinceladas de tinta no quadro e proporcionando uma aparência muito mais suave, além de obter o efeito sombreado que ele queria dar principalmente nos olhos e lábios da modelo.

Leonardo repetiu esse processo inúmeras vezes, aplicando diversas camadas muito finas de tinta e verniz, quase transparentes. A técnica trouxe um resultado final deslumbrante, e quase não se percebe marcas de tintas na pintura.

Técnica sfumato, usada nos olhos e nos lábios

Margaret Livingstone, professora de neurobiologia da universidade de Harvard, Estados Unidos, publicou um trabalho no qual diz que as sombras utilizadas no quadro são melhores percebidas pela nossa visão periférica, afirmando que Leonardo utilizou intuitivamente uma técnica que somente agora começa a ter base científica.

Essa técnica faz com que, ao olharmos para os olhos da Monalisa ou para a paisagem ao fundo, vemos um sorriso como o dos quadros da esquerda e do meio do quadro abaixo, e achamos que ela está sorrindo. Mas quando olhamos diretamente para a sua boca, vemos o sorriso do painel da direita, e parece que ela não está sorrindo mais.

O fato de tamanho do sorriso variar tanto dependendo do ângulo do nosso olhar, dá ao quadro uma aparência dinâmica, e o fato do sorriso desaparecer quando olhamos diretamente para ele, o faz parecer ilusivo.

Por isso, para ver a Monalisa sorrir, precisamos olhar para qualquer outro lugar do quadro que não diretamente para a sua boca.

Esse é o grande fascínio exercido pelo quadro e a prova do talento de Da Vinci.

Para ler mais, veja o site http://neuro.med.harvard.edu/faculty/livingstone.html.

A paisagem no quadro

Olhe a paisagem atrás da Monalisa e veja que o lado direito não corresponde ao esquerdo, como se fossem dois lugares diferentes e não uma continuação de um só.

A linha do horizonte de cada lado está em plano diferente. A do lado esquerdo está na altura do busto da Monalisa, enquanto a do lado direito está na altura dos olhos dela.

O resultado desse efeito é que, quando olhamos o quadro do lado esquerdo, a Monalisa parece maior do que quando o olhamos do lado direito.

Além disso, a diferença das linhas do horizonte faz com que o olhar do observador seja levado para o lugar no quadro onde seria o ponto de convergência das duas paisagens. E esse ponto são os lábios da Monalisa, ou melhor dizendo, o seu sorriso, atraíndo nossa atenção mais uma vez para esse ponto.

Identidade da Monalisa

Ninguém sabe ao certo quem foi a Monalisa. A teoria mais aceita, e também a mais sem imaginação, é de que a mulher retratada por da Vinci era Lisa Gherardini, esposa de Francesco Giocondo, um rico comerciante de Florença. Essa teoria também explica o outro nome pelo qual o quadro é conhecido, La Gioconda (apesar de gioconda ser a palavra em italiano para sorriso, o que por si só já explicaria o nome do quadro).

Tem algumas outras versões mais, digamos, apimentadas. Numa delas o retrato seria a do próprio Francesco Giocondo, pintado como mulher. Outra teoria parecida com a anterior é a de que seria sim um auto-retrato, mas do próprio Leonardo. Ainda uma quarta teoria diz que o quadro é o auto-retrato de um dos assistentes de da Vinci (nesse caso, da Vinci seria gay).

Disposição da modelo no quadro

De acordo com o site do museu, a Monalisa foi o primeiro quadro a mostrar não apenas o rosto da modelo retratada. A dama ocupa grande parte do quadro, sendo mostrada da cintura para cima, incluindo braços e mãos.

Sobrancelhas ausentes

Você notou que a Monalisa não tem sobrancelhas­? Nem sobrancelhas nem cílios.

Esse é outro ponto que causa controvérsia, mas a explicação mais aceita é a de que Leonardo da Vinci usou uma tinta diferente para fazê-las e que em uma das restaurações foi usado um solvente que fez com que elas desaparecessem.

Nem cílios nem sobrancelhas

A maioria das coisas que escrevi aqui sei de cor, resultado de infinitas leituras de livros e artigos de revistas, paixão que tenho desde criança (leia o post Oslo - Edgard Munch), então nem consigo colocar a fonte.

Claro que nada é descoberta minha, e todos os fatos podem ser facilmente encontrados em livros, revistas, no site oficial do Louvre (http://www.louvre.fr/), ou nos mais diversos e variados sites na internet.

Esse post é uma tentativa de fazer com que meus amigos não se decepcionem ao irem ao Louvre e verem apenas um quadro pequeno demais para tanto falatório.


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Fonte: http://milhasapercorrer.blogspot.com.br/2011/02/por-que-o-quadro-da-monalisa-e-tao.html

 
 
 

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